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A importância da experiência e da manutenção da formação mostram que numa grande parte das situações os trabalhadores conseguem compensar a perda de algumas funcionalidades cognitivas ou mesmo físicas, com a experiência acumulada ao longo da vida profissional.
É por isso muito importante que «as organizações acompanhem a evolução da saúde dos seus trabalhadores para prevenir o envelhecimento prematuro; que valorizem a transmissão de conhecimento, de saberes e de experiência» e que as «práticas de gestão de recursos humanos se adaptem», afirmou a professora Sara Ramos, do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que falava durante a 12ª sessão do Simpósio InterAções.
Ainda que estas não sejam, obviamente, regras absolutas este enquadramento faz um retrato bastante próximo da maioria das preferências dos profissionais consoante a idade. E é fantástico perceber como as opções de uns e de outros se podem articular e completar contribuindo decisivamente para o sucesso das organizações.
Esta foi uma das razões que levou a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – SCML a criar a figura do Mentor e que na opinião de Odete Farrajota, Dirigente da SCML. A mentoria «é extremamente importante», reconheceu Odete Farrajota, Dirigente da SCML, «é uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional que consiste, de uma forma resumida, numa relação de entreajuda entre uma pessoa com um percurso profissional consolidado, chamado mentor, o qual tem uma grande experiência e é reconhecido como tal, e outro menos experiente, o chamado mentorado, promovendo o desenvolvimento desta pessoa».
A transição para a reforma envolve sempre uma avaliação pessoal (o estado de saúde, a situação financeira, o contexto familiar e social); fatores relacionados com o trabalho (suporte organizacional, autonomia e oportunidade de participação na tomada de decisão); e ainda as perspetivas de desenvolvimento e de carreira.
Se vivemos mais e melhor podemos trabalhar até mais tarde? «Isto não é assim tão linear», responde-nos a professora Sara Ramos. «Esta não é a realidade de todos. Temos de olhar com atenção para as exigências daquilo que é o trabalho de cada pessoa».
A professora Sara Ramos, do ISCTE; Odete Farrajota, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; Maria Ana Guedes e Francisca Nunes, da EDP; Jorge Mineiro, da CUF; Nuno Prata, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foram os oradores convidados da sessão ‘Estratégias de transição para a reforma: metodologias e práticas’, moderada por Mário Rui André, Diretor da Unidade de Missão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Uma sessão integrada na 3ª Edição do Simpósio Interações – Uma Sociedade para Todas as Idades, organizado pela Unidade de Missão ‘Lisboa Cidade de Todas as Idades’ da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Esta foi a 12ª sessão de um conjunto de 16 sessões, todas com transmissão online e gratuitas, sempre às quartas-feiras, com início às 14h30.
Saiba mais AQUI sobre esta iniciativa. E não deixe de ver ou rever a sessão completa no canal do Youtube da SCML.