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As notícias sobre o aumento do número de divórcios na cidade de Xi’na, no centro da China, nas semanas a seguir ao fim da quarentena, correram o mundo. Sobretudo porque esta situação não se restringiu a Xi’na, tendo-se verificado um pouco por todo o país. Quando questionados sobre as razões deste aumento, nunca antes registado, uma das razões era óbvia: o desgaste dos relacionamentos na sequência do confinamento obrigatório por várias semanas.
A psicóloga Catarina Canelas Martins na sua crónica “Sobreviverão as relações à pandemia?” reconhece que «é certamente um desafio mantermos uma relação saudável num momento de desequilíbrio».
Mas, explica que «existem alguns pilares-chave dos relacionamentos que, num momento de crise, ainda se tornam mais essenciais e estruturantes». A começar pela comunicação, «a capacidade de comunicar de forma consciente, clara, não violenta e disponível» refere. É, igualmente, importante manter presente o «objetivo ou caminho comum». Explica que é fundamental «sabermos quem somos, a identidade do casal, o que nos carateriza e para onde queremos ir». E refere também a necessidade do casal se reorganizar, tentando conciliar a individualidade e o tempo do casal.
Para ler a crónica completa da psicóloga Catarina Canelas Martins basta aceder AQUI.
Parece que a conclusão só pode ser uma: está nas nossas mãos cuidar do que amamos. Os casais e as famílias estão a relembrar-se daquilo que os une e a reinventar-se para superar esta situação saindo ainda mais fortes.
Em época de distanciamento social, a vida dos solteiros também não anda mais fácil. Contudo, as aplicações e redes sociais abrem novas oportunidades.
Com efeito as novas tecnologias estão a facilitar a construção de novos relacionamentos e as pessoas que estão sozinhas, possivelmente, estão a encontrar outras pessoas nas mesmas circunstâncias. Adiam-se o primeiro jantar à luz das velas e o primeiro passeio à beira-mar, mas vai-se construindo intimidade e superando alguma timidez.
O Fast Company conta que os aplicativos de encontros estão a registar um aumento das conversações de 20% a 30%. Sendo que o Tinder, uma das mais conhecidas aplicação do género, registou a 29 de março um pico histórico de utilizações.
A maioria dos utilizadores destes aplicativos tem conversações em chat durante algum tempo, para conhecer melhor a outra pessoa, e só depois avança para a videochamada. Antes da pandemia apenas 6% dos utilizadores estava disposto a fazer videochamada, agora cerca de 70% mostra-se recetivo a esta nova fase do "encontro". Nas videochamadas as pessoas fazem coisas como assistir a concertos antigos no Youtube ou construir playlists.
Fontes:
"Sobreviverão as relações à pandemia?", Catarina Canelas Martins, publicado em Saber Viver
"Dating in the age of quarantine, and a look at staycations", Fast Company