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O curioso é que as marcas andam ainda pouco atentas a questão do envelhecimento e sobretudo da longevidade da população.
As empresas continuam a desenvolver produtos e serviços para as gerações mais novas, olhando pouco para a geração dos 60+, cuja tendência é claramente engrossar o número de integrantes nesta faixa etária, que hoje em dia tem uma logica de vida muito distinta dos anteriores 60 anos.
Estarão as marcas conscientes disto?
Fica bastante evidente que existem diversas oportunidades de negócios para as marcas que queiram abraçar o desafio de desenvolver produtos e serviços que integrem esta fatia da população e que saibam, sobretudo como chegar a estes, comunicando de forma eficaz e eficiente.
Nos EUA, por exemplo, metade da população entre 52 e 70 anos passa pelo menos 11 horas por semana online. Em Portugal, assistiu-se durante a pandemia, a uma concentração transversal de todas as idades, no online, pelos motivos que todos sabemos, adquirindo a população novos hábitos de compra e de comunicação.
Ainda assim, a publicidade tem a obsessão e o foco de quase sempre no público mais jovem, embora com menos capacidade financeira e tempo para investir.
Aqui ficam algumas dicas para pensar em como poderão comunicar melhor com este tipo de público:
· Comecemos pelo básico: Conhecer o comportamento dos 60+ como público-alvo.
· Nunca vitimizar ou idealizar as pessoas de maior idade. É importante ter empatia e compreender as razões que podem levar as pessoas a usar ou procurar os produtos ou serviços. Cuidado com atitudes e comportamentos que tem por base o idadismo (descriminação com base na idade).
Curioso acerca do idadismo? Saiba mais aqui
· É relevante ouvir o cliente, como sabemos. E o que é importante lembrar, é que este não é diferente dos outros targets. Disponibilize um canal que facilite esse processo. Esteja onde as pessoas estão e abra os canais mais adequados.
· A usabilidade é um fator essencial. O design de sites é importante senão fundamental:
é uma boa prática para facilitar o acesso a informação deste publico.
· É relevante utilizar imagens de pessoas reais, e próximas do público que se quer atingir. Portanto, não exclua o target dos 60+.
· Deve-se deixar de pensar na imagem tradicional da avó ou avô. A geração atual com mais de 60 anos é formada por pessoas ‘digitais’, que utilizam as redes sociais e os canais de mensagens e fazem compras online. E cada vez vai ser mais assim!
Ao criar produtos e serviços para o público com mais de 60 anos (consumidores mais exigentes), a oferta também funcionará para o restante público. Com um design universal e intergeracional, conseguirá muito provavelmente ter um aumento da sua base de clientes, além se posicionar como uma marca inclusiva.
O universo das pessoas com mais de 60 anos já é digital. Quem ainda não percebeu isso, muito provavelmente está a perder mercado para marcas que perceberam a grande tendência da longevidade.
Qual é a sua posição? Tem estado atento enquanto marca e este potencial?
Fonte: Baseado num texto de Marcos de Lacerda Pessoa, engenheiro pela UFPR, Ph.D. pela Universidade de Birmingham (Inglaterra), e proprietário do centro de apoio à inovação futuri9.com.