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A esperança de vida à nascença, em Portugal, foi estimada em quase 81 anos (80,93), sendo de 77,95 anos para os homens e de 83,51 anos para as mulheres, no período 2017-2019. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e confirmam que as mulheres continuam a viver mais anos do que os homens.
De acordo com a Pordata, em 2019, Portugal tinha mais de 10 milhões de habitantes (10.286,3) e mais de 50% eram mulheres (5.430,1). Em 2020, Portugal contabilizava mais de 5 milhões de pessoas ativas (5.165,1), das quais 2.554,2 eram mulheres.
Em 2000, 305 mil mulheres tinham completado o ensino superior. Vinte anos depois, em 2020, aquele número subiu para mais de um milhão de mulheres com o ensino superior (1.156,1).
A população portuguesa contabiliza mais mulheres do que homens, são mais as mulheres com o ensino superior do que os homens e é maior o número de mulheres ativas do que o número de homens ativos. É um cenário que resulta da evolução populacional e do progresso a nível dos direitos humanos.
Menos óbvias parecem as razões que explicam a maior longevidade das mulheres. Fatores biológicos, comportamentais e sociais. É, possivelmente, na articulação destes vários fatores que encontramos a resposta para a questão "qual é o segredo da longevidade das mulheres?"
As investigadoras Zoe Xirocostas, Susan Everingham e Angela Moles, da Escola de Ciências Biológicas, da Terra e do Ambiente da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália , analisaram a literatura académica disponível sobre os cromossomas sexuais e a expectativa de vida de 229 espécies de animais, desde insetos a peixes e mamíferos. Os resultados deste estudo, publicado na revista Biology Letters, demonstraram que indivíduos com dois cromossomas sexuais iguais vivem 17,6% mais, em média, do que aqueles que têm cromossomas diferentes ou apenas um.
Este estudo veio reforçar a teoria do "efeito protetor" XX e de acordo com o qual os mamíferos, em que as fêmeas têm geralmente dois cromossomas X e os machos XY, eles tendem a ter uma vida mais curta. Saiba mais sobre este estudo no nosso artigo Porque as mulheres tem maior longevidade? Eis a razão.
A admirável capacidade de cuidar, de estimar e de proteger das mulheres faz delas alicerces familiares e agentes decisivos na afirmação de uma sociedade mais saudável e mais longeva.
Mas as mulheres têm muitas outras particularidades, a começar pela sua necessidade de ter mais horas de sono, devido a fatores hormonais, mas essencialmente porque o cérebro feminino trabalha mais durante o dia. A conclusão é de um estudo realizado por Jim Horne, do Centro de Pesquisa do Sono da Universidade Loughborough, no Reino Unido.
Mais sensíveis e emotivas as mulheres riem mais. Uma boa gargalhada pode contribuir muito para a saúde e bem-estar emocional. Rir faz bem ao coração, à circulação do sangue e aos pulmões. Dar boas risadas pode aumentar os níveis de colesterol bom no sangue e diminui a pressão arterial e o stress. Sobre os benefícios do riso na saúde não deixe de ler o nosso artigo Benefícios do sorriso para a longevidade e bem estar