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Segundo vários estudos e a opinião de vários especialistas, espera-se um aumento das depressões, da ansiedade ou de algum outro tipo de transtorno psiquiátrico. Dada a sua importância, este assunto começa a ser alvo de estudos para perceber os impactos que se esperam para a nossa saúde mental e longevidade.
A psiquiatra Carol North, professora da University of Texas Southwestern, publicou um artigo acerca deste tema. Esta especialista já estudou os impactos dos grandes desastres como o 11 de Setembro e o furação Katrina nos EUA, e no entanto refere que o impacto do Covid19 ainda nos trás muitas incertezas.
Carol North é então uma das autoras do artigo publicado na revista científica “New England Journal of Medicine”, intitulado Mental Health and the Covid-19 Pandemic.
Neste artigo a psiquiatra refere que “a maioria da população experimentará algum grau de angústia e sofrimento, havendo grupos que serão mais afetados que outros.
- os que já contraíram a doença;
- os que pertencem a categorias de risco, como os mais velhos;
- os que já tem problemas psiquiátricos ou de abuso de substâncias
- os profissionais de saúde devido ao risco de exposição e à carga emocional a que se submetem.
Um dos problemas também apontados para além da eventual falta de recursos para tratar os pacientes e da incerteza nos diagnósticos, poderá estar associada às questões financeiras.
A perda de emprego, a precariedade dos postos de trabalho, a redução dos ordenados poderão colocar em standby a procura de especialistas nestas áreas de saúde mental, mesmo fazendo parte dos grupos assinalados como de risco.
A psiquiatra refere então que durante a pandemia, é fundamental que se possa:
- Manter o contato com as pessoas próximas,
- Manter uma rotina diária
- Falar dos receios e medos associados a esta fase.
A incerteza e a gravidade deste surto provoca o aumento do stress que é alias apontado como um dos elementos a controlar para o combate da doença por alguns especialistas.
Na mesma linha de pensamento, outra revista da área da psiquiatria, “The Lancet Psychiatry” refere num artigo de vários autores as prioridades que permitem assegurar a saúde mental durante a pandemia.
São elas:
- Monitorar as condições psíquicas das pessoas para determinar que tipo de suporte será necessário
- Fazer uma intervenção o mais cedo possível.
Pois segundo este artigo que cita como possíveis resultados, nesta fase de isolamento e solidão, o já referido aumento da ansiedade e de depressão, adicionando outras possíveis consequências como a automutilação e até mesmo o suicídio.
O tratamento é semelhante. Para o combate a este distanciamento social, o estudo refere que as pessoas deverão recorrer ao que chamam as “fontes de resiliência” que são sem dúvida, os contactos com os amigos e familiares.
Portanto, em termos de boas praticas, podemos mencionar:
- manter as rotinas,
- fazer coisas que nos deem prazer,
- falar com as pessoas mesmo que por telefone ou videochamada,
- dizer o que nos preocupa.
Estas pequenas rotinas ajudarão seguramente a melhorar a nossa capacidade de enfrentar da melhor forma esta fase do Covid19 e da necessidade de estarmos em maior recolhimento.
Pense na importância de manter a sua saúde mental e a sua longevidade. Para isso, mantenha-se em ligação e em contacto com quem é importante para si!
Veja aqui mais algumas dicas.