Sentimento de solidão aumenta com a idade

De acordo com um estudo realizado em Portugal, e citado pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS), a solidão é um sentimento mais feminino do que masculino (20,4% são mulheres e 7,3% são homens). As pessoas com menor escolaridade apresentam mais solidão (25,8%); é mais frequente nas pessoas viúvas (30,6%) e nas pessoas solteiras (15,8%) do que em pessoas casadas (9,2%); e aumenta com a idade: 9,9% dos 50-64 anos e 26,8% com 85 anos ou mais.

A solidão é um sentimento subjetivo e relaciona-se com ausência de contacto, de sentimento de pertença ou com a sensação de se estar isolado. Por ser silenciosa, a solidão é um problema muitas vezes negligenciado, mas que interferir gravemente com a qualidade de vida das pessoas.

Solidão pode surgir seja qual for a idade e/ou condição da pessoa

Todas as pessoas, em algum momento das suas vidas, podem sentir-se profundamente sós. Ou seja, a solidão não é um sentimento exclusivamente reservado às pessoas mais velhas.

Contudo, o envelhecimento acarreta uma redução da capacidade funcional, dificultando ou, em alguns casos, excluindo as pessoas mais velhas da vida social. Isso tende a remetê-las para uma limitada sociabilidade familiar ou de vizinhança e, em alguns casos, para situações de isolamento e de solidão. Importa referir que a solidão não decorre automaticamente da vivência a sós, dependendo sobretudo da força das redes familiares e sociais, dos contactos que se mantêm.

Embora seja reconhecido como um problema de saúde pública, os especialistas alertam para o facto de a solidão não receber a atenção merecida. Isto apesar de ser causa de uma pior saúde, de uma maior necessidade de cuidados e de uma redução da longevidade. Isso mesmo refere Judite Gonçalves, investigadora da Nova School of Business and Economics, em entrevista ao Impulso Positivo. Não deixe de ler AQUI.

Ainda sobre o tema da solidão, em especial, entre a população sénior não deixe de ouvir o podcast “O Coração Amarelo no combate a solidão” um conversas entre as especialistas Stella Bettencourt da Câmara e Rosa Maria Araújo.

Fonte:  A solidão e o isolamento social, no site do SNS