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Há cada vez mais cidades a adotar um serviço de transportes públicos gratuito. Exemplo disso mesmo é Tallinn, na Estónia, que desde 2013 não cobra o acesso aos transportes públicos. Por cá, em Lisboa e no Porto, no último ano, foi reduzido o preço dos passes de acesso à rede de transportes públicos para 30 euros mensais. São os primeiros passos para um objetivo maior que foi já atingido pelo Luxemburgo que, desde 29 de fevereiro, tem o primeiro sistema de transportes públicos grátis, a nível nacional, do mundo. Além da circulação gratuita dentro do país, os bilhetes dos autocarros e comboios que cruzam as fronteiras são, desde o final de fevereiro, mais baratos.
Esta medida tem um impacto direto na economia das famílias, mas é também um importante incentivo à mobilidade sustentável.
Segundo estatísticas oficiais do país, nas últimas quatro décadas a população do Luxemburgo aumentou em quase 240 mil pessoas, enquanto a mão-de-obra ativa passou de 161 mil pessoas em 1998 para 427 mil pessoas em 2018.
Como consequência do aumento destes dois fatores, o Luxemburgo possuía em 2017 o maior número de automóveis por habitante na União Europeia (incluindo carros de trabalho registados no país e usados por trabalhadores transfronteiriços não residentes) — com 670 carros por cada 1000 habitantes. Acresce que mais de 60% dos cidadãos usavam os seus carros para chegar ao trabalho e apenas 19% usavam os transportes públicos.