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A maior inovação na saúde não vem de nenhuma farmacêutica, vem de uma empresa tecnológica. Chama-se Apple Watch e pretende ser “o guardião inteligente da sua saúde”. Quem o disse é Jeff Williams, o diretor de operações da Apple durante a apresentação da última versão deste relógio inteligente.
Para além da monitorização contínua do batimento cardíaco, o recente Apple Watch incorpora um sensor de frequência cardíaca (ou eletrocardiógrafo) com o objetivo de realizar um eletrocardiograma (ECG) em 30 segundos e permite partilhar os resultados com o médico.
A viabilidade desta medição? Recebeu uma certificação da Food and Drug Administration (FDA), uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, e da Associação Americana do Coração (AHA), que reconhecem o Apple Watch com um dispositivo médico. Por estar sempre no pulso, sempre a medir, é capaz de alertar o utilizador em caso de batimentos cardíacos anormais.
Outra novidade desta última versão é a deteção de quedas, graças à incorporação de um acelerómetro e de um giroscópio. Ao analisar a trajetória do pulso e o impacto, é emitido um alerta que pode ser ignorado. Se não houver resposta em 60 segundos, o relógio liga automaticamente para o 112 e manda uma mensagem para os seus contactos de emergência.
A atividade física está de mãos dadas com a saúde e o Apple Watch leva esta associação muito a sério com a monitorização dos passos, dos quilómetros percorridos, dos lanços de escada subidos, das braçadas nadadas... desafiando a andar mais, a levantar-se quando estamos demasiado tempo sentados, a respirar quando precisamos de uma meditação consciente ou a beber água de hora a hora. Tudo isto, integrado num boletim de saúde que armazena todos os segundos da nossa vida.
Na gíria popular poderíamos dizer que é um verdadeiro amigo para as curvas, sempre presente mesmo se, como diria Fernando Pessoa, “primeiro estranha-se, depois entranha-se”, de tal forma que as horas acabam por ser a menor das funcionalidades.