Introduza o seu e-mail
Por mais que a menopausa seja considerada um processo “natural” na vida de uma mulher, as suas consequências e sintomas gerados não devem ser considerados como uma situação “normal”. Isso torna-se ainda mais importante quando consideramos que, a partir dos 30 anos de idade, os primeiros sinais de desaceleramento do metabolismo se apresentam, podendo influenciar as questões físicas, como por exemplo:
Entre inúmeros sintomas da menopausa, a dor de cabeça seja talvez a que é recorrente. É importante, entretanto entender que as dores de cabeça, assim como os fogachos e ondas de calor são sintomas percetíveis, fáceis de identificar e relacionar ao Declínio Gonadal Feminino (diminuição da produção de estrogénio pelos ovários). Nesse sentido, as mulheres que viveram a sua vida com dor de cabeça podem ter os seus sintomas minimizados durante a menopausa, bem como aumentados, por consequência desse declínio.
Outro fator a ser considerado é a abrangência da dor de cabeça em mulheres, quando comparadas aos homens. Segundo artigo publicado no The Journal of Headache and Pain, as mulheres são as mais afetadas com a condição: para cada homem com enxaqueca, existem cerca de 4 mulheres sofrendo com o distúrbio. O principal motivo para isso: o declínio hormonal.
Para os pesquisadores, as quedas no estrogênio ocasionam tal aumento. Importante considerar que o declínio hormonal engloba hormônios com funções pelo corpo todo e não apenas relacionadas ao órgão reprodutor feminino.
Como exemplo podemos citar o cortisol, conhecido como a “hormona do stress”, o qual normalmente manifesta a dor de cabeça como consequência de períodos estressantes ou sono de má qualidade. Tais fatores também estão relacionados a outras importantes funções hormonais do organismo.
Em resumo, o equilíbrio hormonal é responsável por controlar diversos sintomas, entre eles, a dor de cabeça. Nesse sentido, buscar qualidade de vida torna-se não apenas um desejo, mas também uma necessidade a ser colocada como prioridade para a garantia de bem-estar e saúde ao longo de toda a vida.
A dor de cabeça é um fenômeno abrangente, que ataca quase 5 milhões de portugueses.
Além disso, a incidência em mulheres é quatro (4) vezes maior do que em homens. Nesse sentido, combater a dor de cabeça na menopausa torna-se necessário para uma longevidade saudável.
Existem medicamentos específicos para amenizar estas dores de cabeça, mas os fármacos nem sempre são uma solução efetiva e duradoura quando falamos sobre a busca por qualidade de vida. Assim, mudanças relacionadas ao estilo de vida precisam ser levadas em conta, como por exemplo,
“Somos o que comemos”. Esta frase nunca fez tanto sentido como nos dias atuais, onde diversos estudos que explicam a relação entre a alimentação e a saúde.
O comportamento, decisões, aparência e futuro são determinados pelo tipo de alimentação que cada um possui.
De acordo com um estudo publicado no Journal of Translational Immunology, cerca de 70% do sistema imunológico concentra-se no intestino. Ou seja, o sistema responsável pela defesa do nosso corpo depende dos nutrientes que são obtidos através da alimentação saudável.
Consequentemente, a mudança de hábitos alimentares e até mesmo a busca por uma dieta mais enriquecida em nutrientes, vitaminas e outros componentes é a ferramenta para fortalecer o sistema imunológico e diminuir os efeitos provocados pelo declínio hormonal feminino.
Algumas dicas:
Além disso, é importante tomar cuidado com os principais gatilhos alimentares para os ataques cefálicos. São eles:
Não é possível falar sobre qualidade de vida na menopausa sem incluir a prática de exercícios físicos. De acordo com a American Migraine Foundation, a prática regular de exercícios físicos pode reduzir tanto a frequência, quanto a intensidade de ataques cefálicos, como a enxaqueca.
Isso porque enquanto uma pessoa se exercita, seu corpo libera endorfinas que auxiliam no gerenciamento e redução do estresse, além de permitir melhorias relacionadas à qualidade do sono. Nesse sentido, o estresse e o sono inadequado – dois grandes responsáveis pela enxaqueca – podem ser minimizados ou eliminados com a inclusão de exercícios físicos na rotina diária.
As hormonas ovarianas são responsáveis por mais de 400 funções do corpo feminino, ou seja, o seu declínio afeta amplamente a qualidade de vida da mulher. O Declínio Gonadal Feminino precisa ser tratado com perspetivas a longo prazo para a saúde da mulher.
É papel do profissional atentar-se para as questões relacionadas a esse declínio, bem como, propor soluções personalizadas para cada caso. É importante relatar todas as mudanças vivenciadas durante o período para que seja analisado o melhor caminho a ser seguido para a garantia de qualidade e vida.
Lembre-se: a qualidade de vida se constrói a longo prazo. Quanto antes a preocupação da mulher sobre a sua saúde, mais tranquilo será enfrentar aos sintomas da menopausa.
Para saber mais acompanhe outros artigos sobre a menopausa: Estou ou Não Estou a entrar na Menopausa? Como saber? , A liderança feminina e os desafios da menopausa e Os desafios da menopausa e o mercado de trabalho