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O debate sobre o uso generalizado de máscaras pela comunidade tem dividido opiniões desde a primeira hora. Na Europa, países como Reino Unido, Bélgica, Itália e Suécia privilegiam as medidas de distanciamento social, etiqueta respiratória e higiene das mãos, não recomendando o uso generalizado de máscaras na comunidade. Por outro lado, países como Espanha (Catalunha), Alemanha e França sugeriram, recentemente, o uso de máscaras caseiras ou a utilização pontual de máscaras em locais com múltiplas pessoas. Países como a Lituânia, Áustria, República Checa, Eslováquia e Bulgária recomendam o uso generalizado de máscaras na comunidade.
Tal como partilhamos no nosso último artigo sobre este tema, em Portugal, a Direção-Geral de Saúde defendeu como prioritária a utilização de máscaras cirúrgicas pelos profissionais de saúde, pessoas com sintomas respiratórios e pessoas que entrem e circulem em instituições de saúde. Indicou também as pessoas mais vulneráveis, nomeadamente pessoas com mais de 65 anos de idade, com doenças crónicas e estados de imunossupressão, devem usar máscaras cirúrgicas sempre que saiam de casa. A recomendação da utilização de máscara cirúrgica foi também alargada a alguns grupos profissionais tais como os elementos das forças de segurança e militares, bombeiros, distribuidores de bens essenciais ao domicílio, trabalhadores nas instituições de solidariedade social, lares e rede de cuidados continuados integrados, agentes funerários e profissionais que façam atendimento ao público, onde não esteja garantido o distanciamento social.
Apesar desta orientação, a Direção-Geral de Saúde não tem sido alheia aos estudos e recomendações internacionais mais recentes e esta semana, no dia 13 de abril, fez publicar uma nova informação em que aplica o Princípio da Precaução em Saúde Pública. Em boa observância deste Princípio, a Direção-Geral de Saúde informa que deve ser considerada a utilização de máscaras por qualquer pessoa em espaços interiores fechados com múltiplas pessoas (supermercados, farmácias, lojas ou estabelecimentos comerciais, transportes públicos, etc).
A Direção-Geral de Saúde explica que as máscaras cirúrgicas devem continuar a ser usadas prioritariamente pelos doentes, profissionais de saúde e demais grupos prioritários identificados. Devendo a comunidade utilizar as máscaras não cirúrgicas (comunitárias ou de uso social).
Importa esclarecer que existem três tipos de máscaras:
Novamente relembramos que a utilização de máscaras é uma medida de proteção adicional que apenas será positiva se continuarem a ser cuidadosamente observadas as regras de distanciamento social, de higiene das mãos e de etiqueta respiratória. Esta é a fórmula para continuar protegido e a proteger os outros. Se todos estivermos atentos aos nossos comportamentos, este momento mais difícil vai ser certamente ser ultrapassado e dias mais felizes chegarão.
Pode consultar a norma publicada pela Direção-Geral de Saúde AQUI. Não deixe de ler o nosso próximo artigo em que explicamos, passo a passo, como fazer a sua máscara de proteção em casa.